Cirurgia Cranio-Facial (Deformidades Congênitas e Fraturas)

A Cirurgia Craniomaxilofacial, ou simplesmente Cirurgia Craniofacial, originou-se modernamente da evolução de várias especialidades cirúrgicas que se desenvolveram simultaneamente como a Neurocirurgia, a Cirurgia Plástica, a Cirurgia de Cabeça e Pescoço, a Otorrinolaringologia e a Oftalmologia. Do ponto de vista semântico esta denominação engloba intervenções cirúrgicas realizadas na face, ou na transição crânio-facial, através de acessos combinados que incluem invariavelmente o acesso intra-craniano.

                  A Cirurgia Craniomaxilofacial engloba de forma genérica o tratamento:

1. das deformidades congênitas com grande impacto no esqueleto crânio-facial como é observado na Cirurgia Plástica Pediátrica em síndromes freqüentes como a microssomia hemicraniofacial, Pierre-Robin, Treacher-Collins (disostose mandibulo-facial), cranioestenoses com importante acometimento orbital (plagiocefalia, trigonocefalia, braquicefalia) e as craniofacioestenoses (Apert, Crouzon)

2. dos tumores que envolvem a transição cranio-facial e que tornaram a Cirurgia de Base do Cranio uma importante subespecialidade dentro da Neurocirurgia e da Cirurgia de Cabeça e Pescoço

3. das deformidades pós-traumáticas, principalmente as que envolvem a região do terço médio e superior da face. Exemplos são as fraturas crânio-faciais com envolvimento da base do crânio como as fraturas  naso-etmoidais e as fraturas fronto-orbitais 

4. de deformidades secundárias a fissuras de face, desde as lábio-palatais tão freqüentes até, e principalmente, as fissuras raras (classificadas por Tessier), com ou sem acometimento craniano, pelo seu invariável acometimento esquelético

5. de deformidades dos maxilares como as observadas nas dento-esqueléticas com indicação da denominada cirurgia ortognática